Rio teve mais de mil assaltos a ônibus nos 3 primeiros meses do ano, aponta ISP

Publicado em 08/05/2025 17:45

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A cidade doRio de Janeiroregistrou um crescimento de quase 30% no número de assaltos a ônibus nos 3 primeiros meses do ano. Os dados são do Instituto de Segurança Pública do estado. Foram pelo menos 1.052 crimes apenas em 2025. Ao longo de todo o ano passado, a cidade do Rio teve 4.449 assaltos a ônibus. Na quarta-feira (7), quase 30 pessoas viverammomentos de terror em um ônibusque vinha de Cabuçu, em Nova Iguaçu, em direção ao Centro do Rio. O vendedor Felipe Dantas foi agredido em um assalto no dia 6 de abril quando voltava do trabalho. Ele estava em um ônibus da linha 298, Acari x Castelo, quando três criminosos entraram no veículo. “Um veio na minha direção e o outro foi na direção das mulheres, usaram força bruta, um me deu soco outro bateu na menina, arrancou a bolsa. Levou só meu celular, mas delas foi celular, bolsa, documento, tudo”, contou Felipe. Entre os usuários do sistema, não faltam histórias de crimes. “Assaltaram uma senhorinha na entrada do ônibus e ela teve ataque cardíaco e foi para o hospital, foi algo horrível de ver”, disse o estudante Roberto Amaral. “Eu fui assaltado aqui em Madureira. Eu encostei, ele entrou, tentou me dar 3 facadas, levou o dinheiro, o celular e foi isso”, contou o motorista de ônibus Gleison Guedes. Dois bandidos apareceram no congestionamento, perto da altura do Shopping Via Brasil, apontaram uma arma para o motorista e exigiram que ele abrisse a porta. Os criminosos foram presos em flagrante pela PM. Bairros Os bairros com maior número de registros de assaltos a ônibus no Rio de Janeiro este ano são: Benfica;Bonsucesso;Higienópolis,Manguinhos;Maré;Ramos. Segundo o Sindicato dos Rodoviários do Rio, a Avenida Brasil é a região mais crítica, especialmente entre Campo Grande e o Caju. A maioria dos assaltos acontece entre 4h30 e 7h da manhã e 17h e 21h30. A violência deixa os motoristas apreensivos e muitos estão largando a profissão. De acordo com o sindicato, 253 profissionais foram afastados entre 2022 e 2024. “Os que estão operando têm pedido para mudar de profissão, feito acordo, saindo das empresas. Outros têm se encostado pelo INSS. Outros estão em tratamento psicológico, ou seja, a violência continua sendo um dos principais entraves para o transporte público na cidade do Rio de Janeiro. Precisamos dar um basta nisso”, afirmou Sebastião José, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio. A Polícia Militar afirma que o combate aos roubos em ônibus é um dos principais focos da corporação. E que todos os batalhões fazem policiamento transportado em ônibus urbano para intensificar as abordagens e revistas preventivas na Região Metropolitana e no interior do estado.

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