Polícia Militar impede baile funk na Pedreira onde Oruam se apresentaria

Publicado em 22/04/2025 03:00

Uma operação do 41º Batalhão da Polícia Militar (Irajá) interrompeu os preparativos de um baile funk que aconteceria neste sábado (20) no Campo da Pedreira, no Complexo da Pedreira, em Costa Barros, Zona Norte do Rio. A informação é doExtra. O evento teria como atração principal o cantor Oruam, filho de Marcinho VP, um dos chefes do Comando Vermelho. Durante a ação, os policiais foram recebidos a tiros por criminosos e houve confronto. Dois suspeitos foram baleados e socorridos para um hospital da região, onde permanecem sob custódia. Com eles, foram apreendidos dois fuzis calibre 7.62, de uso restrito. A ocorrência foi registrada na 39ª DP (Pavuna). De acordo com a Polícia Militar, a operação foi dividida em dois grupos: um atuou diretamente no Campo da Pedreira, local do evento, enquanto outro avançou para o interior da comunidade, onde os agentes relataram terem sido atacados por traficantes armados. O objetivo, segundo a corporação, era reprimir atividades ilícitas ligadas à realização de festas promovidas por facções criminosas. Após o cancelamento do show, Oruam, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, manifestou-se nas redes sociais. Visivelmente frustrado, o cantor sugeriu que estaria sendo alvo de perseguição:“Tô boladão, tropa. Os caras estão com problema pessoal comigo, não querem deixar meus shows rolarem, entendeu?”, disse.Ele afirmou ainda que essa não foi a primeira vez que uma apresentação sua foi interrompida por ações policiais.“Cancelaram meu show na AP [Cidade de Deus] e agora na Pedreira. Fizeram operação lá só pra não ter o show. Mas suave também, sabe como é: é só uma fase, vai passar”, declarou em vídeo publicado no Instagram. A relação entre o cantor e o tráfico tem sido alvo de especulações devido à sua ligação familiar com um dos principais líderes do Comando Vermelho. Apesar disso, Oruam mantém carreira consolidada no cenário do funk e do trap nacional, acumulando milhões de visualizações nas plataformas de música e vídeos. A operação ocorre em meio a uma série de ações recentes das forças de segurança para desmobilizar eventos associados ao crime organizado. Em comunidades sob domínio do tráfico, bailes funks muitas vezes funcionam como vitrine para grupos criminosos lavarem dinheiro e afirmarem poder territorial.

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