‘Nenhuma linha é descartada’, diz delegado sobre caso de mulher assassinada em culto na Baixada

Rio – A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investigaa morte de Sebastiana Luiz da Silva, de 57 anos, assassinada neste domingo (13) enquanto participava de um culto religioso na Travessa do Caranguejo, em Belford Roxo – ela foi sepultada na tarde desta segunda-feira (14), no Memorial do Rio, em Cordovil, na Zona Norte. O delegado André Cavalcante, titular da especializada, afirmou que trabalha com todas as possibilidades, inclusive a de que traficantes teriam efetuado os disparos após confundir os fiéis com milicianos. “A investigação está em fase inicial. Estamos cientes das informações que têm circulado, no sentido de que [integrantes do culto] teriam sido confundidos [com criminosos]. Estamos investigando, e nenhuma linha é descartada’, disse, aoDIA. Informações iniciais apontam que a confusão teria se dado porque os presentes ao encontro religioso estavam usando trajes semelhantes aos de grupos rivais. Com a chegada de bandidos armados no local, os fiéis se assustaram e correram, incluindo Sebastiana, que teria sido alvejada duas vezes nas costas. O relato de uma sobrinha da vítima nas redes sociais corrobora com essa versão: "Minha tia e o marido tentaram sair do carro e se esconder. Meu tio se deitou no chão, e ela, assustada, acabou saindo correndo, sendo atingida duas vezes nas costas”. A sobrinha aproveitou a postagem para fazer um desabafo: “E o questionamento fica sempre o mesmo: até quando seremos apenas números? Pessoas naquele local ficam expostas ao perigo, saíram para adorar a Deus, não fizeram mal a ninguém e hoje fica sendo menos um membro da igreja, menos uma tia, menos uma mãe. E a história que se repete dias e anos, de família em família... Revoltante”. Sandra Lucia da Silva Luiz, irmã de Sebastiana, também usou as redes sociais para anunciar a tragédia e recebeu diversas mensagens de consolação: “Sem palavras”, lamentou um; “Que o Espírito Santo conforte e console o coração de todos”, desejou outra; “Essa foi a pior notícia que poderia ouvir”, comentou uma terceira.