Ministério da Saúde e Fiocruz estudam integração entre o Hospital da Lagoa e o IFF

Publicado em 28/03/2025 18:50

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Rio - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mário Moreira, assinaram, nesta sexta-feira (28), um acordo de cooperação técnica envolvendo o Hospital Federal da Lagoa e o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF). fotogaleria O documento prevê um estudo com 60 dias de duração acerca da viabilidade de integração das duas unidades de saúde. O início será a partir do dia 4 de abril, com uma reunião do Grupo de Trabalho. Durante a assinatura do termo, o ministro ressaltou que o termo tem o objetivo de fortalecer os hospitais e não fará com que funcionários deixem as unidades. "Esse acordo, entre o Instituto Fernandes Figueira, a Fiocruz e o Ministério da Saúde, é para potencializar, fortalecer cada vez mais o instituto. Não vai significar a retirada de ninguém da fundação, de nenhum trabalhador. É para fortalecer ainda mais a Fiocruz, a missão do instituto e do SUS no Rio e no país como um todo. O instituto que foi consolidado como grande referência nacional para o nosso país e para o mundo", destacou. "Juntos com os trabalhadores do Hospital da Lagoa, vamos fazer um diagnóstico de como aproveitar melhor a estrutura para que ela possa oferecer um cuidado às mulheres, às crianças, aos serviços que já tem lá. A ideia não é desativar nenhum serviço", explicou o ministro. Também participaram da coletiva a secretária estadual de Saúde, Cláudia Mello; a gestora dos hospitais federais do Rio, Teresa Navarro; o diretor do Hospital Federal da Lagoa, Cláudio Cotta, e o diretor do IFF, Antônio Flávio Vitarelli Meirelles. Já no fim da cerimônia, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, se reuniu com os outros participantes. Novas visitas O ministro prometeu retornar ao IFF em futuras oportunidades para checar os avanços da unidade. Além disso, ressaltou a importância do instituto como referência na rede federal. "Quero ver como está o banco de leite, as ações, o que foi desenvolvido. Fiquei feliz com a primeira visita para acelerar esse acordo, porque é um passo muito importante para o fortalecimento do instituto e do Hospital da Lagoa. Porque nas minhas experiências no Ministério da Saúde, se tinha um hospital federal que dava orgulho era o da Lagoa. E o Instituto Fernandes Figueira". Na sequência, Padilha reforçou a relevância do acordo. "Então, nós estamos juntando duas grandes potências da nossa história. E um esforço de qualificação, um acordo que estamos fechando, em torno de 60 dias, para fazer esse diagnóstico, de como podemos avançar e tenho certeza de que vamos sair fortes a partir dessa experiência". Presidente da Fiocruz, Mário Moreira destacou a força de trabalho do IFF, mas apontou que a unidade precisa de investimentos para apresentar melhorias na estrutura. "Estamos aqui em uma situação de celebração importantíssima. Essa é uma discussão que vem se desenvolvendo no Ministério da Saúde há alguns anos e, hoje, damos o passo concreto e oficial de iniciar essas discussões acerca dessa cooperação do Hospital da Lagoa para que a Fiocruz supere um dos grandes obstáculos de desenvolvimento do nosso instituto. Temos uma força de trabalho exuberante, mas encontramos uma dificuldade muito grande no quesito estrutura. O hospital já foi até onde deu do ponto de vista da sua capacidade de infraestrutura. Já fizemos todas as intervenções possíveis. Precisa de melhores condições, não temos dúvidas. Não falamos isso como uma reivindicação corporativa, mas com uma consciência grande de qual papel o IFF tem no SUS", pontuou. Investimento em maternidades Alexandre Padilha, durante a cerimônia, anunciou que o Instituto Fernandes Figueira, com recursos do Ministério da Saúde, fará um apoio técnico a 75 maternidades em todo o país com objetivo de diminuir índices de morte materna. Serão R$ 24 milhões investidos na capacitação de profissionais e qualificação das unidades. "Assinamos um novo plano de apoio de reestruturação e qualificação de 75 maternidades no país, exatamente aquelas que concentram um maior número de óbitos maternos. Faz parte do nosso compromisso com o enfrentamento à mortalidade materna, tendo o IFF como grande parceiro desse apoio. Ele vai poder desenvolver, junto com essas maternidades, a experiência que já tem de gestão, de qualificação, de formação profissional. Teremos, em cada uma das maternidades, um apoiador do Ministério da Saúde junto com o IFF", contou.

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