Justiça torna réu policial civil acusado de matar assessor parlamentar na Barra da Tijuca

Publicado em 08/05/2025 17:45

A Justiça do Rio de Janeiro tornou réu o policial civil Raphael Pinto Ferreira Gedeão por homicídio triplamente qualificado pela morte do assessor parlamentar Marcelo dos Anjos Abitan da Silva, de 46 anos. O crime aconteceu em janeiro deste ano, em frente a um hotel na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O acusado estava preso desde então. A denúncia foi aceita pela 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro e concluída no último dia 2. De acordo com o Ministério Público, a vítima foi atingida por disparos após um conflito relacionado ao bloqueio da entrada de um estacionamento. Segundo a promotoria, o policial atirou em Marcelo pelas costas três vezes, em curta distância, sem chance de reação por parte da vítima. O agente utilizava uma arma restrita, de uso exclusivo, no momento do crime. Após os tiros, Raphael não prestou socorro, voltou ao apartamento onde morava, trocou de roupa e saiu de carro, quebrando a cancela do estacionamento. Apesar de a investigação da Polícia Civil ter apontado legítima defesa, a juíza Lúcia Glioche destacou que essa versão não se sustenta com clareza nos elementos apresentados. A análise das imagens de câmeras de segurança e o contexto dos disparos embasaram a decisão da magistrada. A prisão preventiva, decretada dois dias após o crime, segue em vigor. Para a Justiça, a medida é necessária tanto para garantir a ordem pública quanto para preservar a etapa de coleta de provas, já que testemunhas ligadas ao caso vivem ou trabalham nas imediações do hotel. “Observo que as testemunhas arroladas são todas pessoas que residem ou trabalham no local onde os fatos ocorreram, sendo imperioso que possam vir depor em juízo em segurança e de forma serena, o que torna importante a manutenção da prisão do acusado para conveniência da instrução criminal”, diz a decisão. A primeira audiência do processo está prevista para 23 de junho, às 15h30, no Fórum do Rio.

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