Jogo do bicho: MPRJ cumpre mandados contra investigada em homicídio de Zé Personal

Publicado em 14/04/2025 13:00

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Rio - O Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) cumpriu, nesta segunda-feira (14), três mandados de busca e apreensão contra uma mulher investigada no inquérito que apura os homicídios de José Luiz de Barros Lopes, o Zé Personal, -marido de Shanna Garcia e genro do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, o Maninho- e de Jocimar Soares de Oliveira, o PH. Ambos foram assassinados a tiros em 2011. Segundo o MPRJ, os crimes estão ligados à disputa de pontos do jogo do bicho e de máquinas caça-níqueis. O órgão explicou que a suspeita, que não teve a identidade revelada, atuaria para levantar informações de vítimas para o grupo de extermínio conhecido como "Escritório do Crime". De acordo com as investigações, há um vínculo entre a mulher eLeonardo Gouvêa da Silva, o Mad,integrante da quadrilha. As investigações sobre os casos indicam ainda a participação dos já mortos Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, e Luiz Carlos Felipe Martins, o Orelha. A ordem teria sido dada pelo bicheiro Bernardo Bello, atualmente foragido. Os mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca da Capital a pedido do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foram cumpridos em Marechal Hermes e em Quintino Bocaiúva, na Zona Norte. A ação foi realizada pelo Gaeco com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). Morte Zé Personal e PH foram assassinados em um Centro Espírita, na Praça Seca, na Zona Oeste. José Luiz era casado com Shanna Garcia, filha de Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, e neta de Miro Garcia. Após o assassinato de Maninho, conhecido como Rei do Rio, em 2004, o comando de suas áreas teria ido para Shanna e a irmã Tamara Garcia. Com isso, os maridos de ambas na época, Zé Personal e Bernardo Bello, começaram a ser figuras centrais na disputa pelo controle do jogo do bicho da família Garcia. José Luiz era sócio principal do Haras Garcia, localizado em Macaé, no Norte Fluminense. Depois da morte, a mulher teria assumido o controle do estabelecimento e vendido até cavalos, sem autorização dos societários minoritários. A briga terminou na Justiça. Em outubro de 2019,Shanna foi baleada, na Avenida das Américas, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste.Segundo a polícia, a vítima foi atingida quando chegava a um centro comercial e o atirador estava dentro de um carro, que seguia a mulher. Na ocasião,a mulher acusou Bernardo Bello, seu ex-cunhado, como envolvido no atentado.

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