Desesperados, passageiros se jogam de ônibus em movimento durante assalto no Rio

Na manhã desta quinta-feira, quatro passageiros saltaram de um ônibus em movimento para fugir de um assalto. O episódio ocorreu na Cidade Nova, no Centro do Rio. Um dos passageiros, que se recusou a entregar seus pertences aos assaltantes, acabou sendo agredido. Em um ato de desespero, quatro pessoas conseguiram forçar a porta do ônibus e pularam do veículo, caindo no Viaduto dos Fuzileiros, conforme informações da TV Globo. As vítimas disseram que foi um episódio de violência “horrível”. Por volta das 6h15, dois homens entraram no ônibus da linha 232 (Lins x Castelo) na altura de São Cristóvão e, segundo passageiros, anunciaram o assalto na Praça da Bandeira. Um dos criminosos estava armado e rendeu o motorista. O outro pegava os bens dos passageiros. Como um deles se recusou a entregar os pertences, foi agredido pelo bandido. Em pânico com as agressões, quatro passageiros forçaram e abriram a porta de trás e se jogaram do coletivo. Eles caíram no Viaduto dos Fuzileiros, na altura da Cidade Nova. O motorista, ainda sob domínio do bandido armado, foi até as imediações da Prefeitura do Rio para pedir ajuda a policiais militares em uma viatura parada no local. Os criminosos conseguiram fugir antes da abordagem da polícia. Os agentes fizeram buscas pelos ladrões, mas não conseguiram prendê-los. Os feridos foram levados pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. Segundo a TV Globo, alguns tiveram fraturas expostas e estão em estado grave. O motorista disse que não foi a primeira vez que foi vítima de criminosos: — Todo dia é a mesma coisa. A gente faz a ocorrência, manda as imagens para delegacia, e nada muda — disse o motorista à TV Globo. As vítimas prestaram depoimentos na 18ª DP (Praça da Bandeira). Em nota, a Rio Ônibus disse que repudia e lamenta a frequência dos assaltos a ônibus no Rio. “A insegurança a qual a população está submetida não pode ser mera estatística. Reiteramos a necessidade de que providências efetivas sejam tomadas pelas autoridades a fim de garantir o direito de ir e vir do cidadão”, diz o Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do RJ. Com informações deO GLOBO.