Rio - O corredor Lucas Celestino Oliveira, de 27 anos, encontrado sem vida nesta quarta-feira (9), às margens da BR-101, altura do bairro Portão do Rosa, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, morreu atropelado. A informação é de Eduardo Felipe, sogro do jovem, que esteve no Instituto Médico Legal (ML) e na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) pela manhã. A reportagem deO DIAtentou a confirmação com o delegado Wilians Batista, titular da especializada, mas não obteve sucesso. Eduardo Felipe é pai de Maria Eduarda, com quem Lucas completaria um ano e 10 meses de casamento nessa quinta-feira (10). Ele deu uma dimensão do sofrimento da família: “Estão todos sem chão, porque um acontecimento assim, ninguém espera. Mas Deus vai nos dar força para superar esse momento, até porque a Maria Eduarda vai precisar desse apoio. Não temos nem palavras para expressar essa dor. Mas cremos em Deus, que Ele vai fazer com que a alegria possa voltar”. O sogro do corredor, que também era operador de estacionamento e estava desaparecido desde a manhã de terça (8) após sair para correr na BR-101, acrescentou: "Viveremos esses dias de luto, com certeza. O Lucas era mais que meu genro, posso dizer que era um filho, um marido maravilhoso para minha filha. E só temos que agradecer a Deus e o tempo que ele ficou conosco". Sobre a paixão do rapaz pelo esporte, Eduardo Felipe complementou: "Ele gostava do atletismo. Podemos dizer que perdemos um grande atleta, mas o céu ganhou um grande campeão". O velório de Lucas Celestino começará às 10h30 desta quinta (10), na capela São Miguel da Paz, no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo. O sepultamento está marcado para 15h. Buscas nesta quarta Depois que Lucas deixou de dar notícias na terça (8), familiares da vítima passaram toda a manhã desta quarta (9) na DHNSG, em busca de notícias, enquanto amigos percorriam a região. Segundo apurado peloDIA, corredores fizeram um mutirão pelas áreas de mata ao redor da BR-101 e começaram a encontrar primeiro os pertences de Lucas, como o tênis e a garrafa de água que ele carregava. Depois que o rapaz foi localizado, informações iniciais já davam conta de que o corpo não aparentava ferimentos por arma de fogo ou faca. Relatos de amigos que o encontraram revelavam que, aparentemente, ele estava com a perna quebrada. O operador saiu de casa sem celular e sem documento. Na ocasião, a mulher dele, Maria Eduarda Celestino, informou que o marido tinha o hábito de correr diariamente por volta das 5h30. Ele saía da residência do casal, no bairro Mutuapira, e seguia pela rodovia, retornando sempre às 6h30 para se preparar para o trabalho. Sempre o mesmo percurso, há cerca de sete meses, que desta vez não foi concluído.