Diante do iminente fim da facção amigo dos amigos, houve um ponto de inflexão que rendeu bons frutos, tanto para o Comando Vermelho quanto para a Amigo dos Amigos. Um pouco antes da pandemia de covid-19 a facção Amigo dos Amigos estava em declínio e muitos consideravam uma facção "falida", embora fosse verdade a falência iminente da facção Amigo dos Amigos outros criminosos não poderiam deixar que a facção tivesse um fim, mesmo sendo uma facção rival do Comando Vermelho, o fim da A.D.A significava mais armas, técnicas, táticas e procedimentos dos criminosos da A.D.A de guerra, uma ala especializada em Guerrilha, combates, contatos de matutos e muita influência, inclusive internacional. A ala de guerrilha da facção A.D.A preocupava muito a cúpula do Comando Vermelho. O Comando Vermelho da Penha sofreu durante anos com a ala de guerra da A.D.A no morro do Juramento. Época que a guerrilha da A.D.A com cerca de 50 homens quebrava tudo durante dia e noite. Munição "inifinita", disposição "inifinita" e troca de tiro durava mais de 30 dias consecutivos. As pausas só aconteciam em momentos estratégicos, em caso de operações policiais, por exemplo. Esta ala de guerrilha da A.D.A se "despedaçou" após a morte do Traficante 50 MIL, ou Playboy; Com a morte de Playboy, uma parte destes contatos, destas armas e destes guerrilheiros escolheram fechar com o Terceiro Comando; Pouco tempo depois da morte do criminoso Playboy, a narrativa dominante era de que existiria uma união entre a Amigo dos Amigos e o Terceiro Comando, formando a união que ficaria conhecida "novamente" como Terceiro Comando dos Amigos, a T.C.A; A T.C.A no entanto, só serviu como uma narrativa de convenvimento, induzindo os guerrilheiros da A.D.A se juntarem ao Terceiro Comando, rival direto do Comando Vermelho. A transição de uma parte desta ala para o Terceiro Comando causou muita dor de cabeça/medo na cúpula do Comando Vermelho, que inevitavelmente sabia que teria muitos problemas com uma parte desta ala estando aliada ao Terceiro Comando. Embora o Terceiro Comando no início não dominasse Técnicas de guerrilha como a A.D.A e o C.V, ainda assim possuia grande corredores de transporte de ilícitos, bem como uma parceria direta/indireta com fornecedores estratéticos, bem como ao PCC. Esta rede de contatos do Terceiro Comando fez com que a facção conseguisse formar uma resistência, mesmo sem grande conhecimentos técnicos de guerrilha inicialmente. Anos se passaram e técnicas, contatos e procedimentos de guerrilhas, bem como as redes ilegais foram tornando-se cada vez mais forte na facção Terceiro Comando Puro fazendo com que a facção, que antes não era uma ameaça direta para o C.V virasse a principal ameaça para a facção, junto ao grupo paramilitar da Família Braga. A união entre Comando Vermelho e Amigo dos amigos em meados da época pandêmica foi um ponto histórico das Narco-Guerrilhas do Rio de Janeiro. Técnicas, táticas, procedimentos e interesses em comum foram compartilhados entre as duas facções (A.D.A E C.V); É importante ressaltar que SOMENTE a ala da Vintém (CAPITAL) resolveu "fechar" com criminosos do CV, em especial com a cúpula do QG do comando vermelho. Trabalhos investigativos do Pista News davam conta de uma união entre C.V e A.D.A durante o período da pandemia; Embora a união à época fosse do interesse do Comando Vermelho, atualmente esta união tem "data" marcada e que em alguns anos, tornará-se um problema novo para o enfrentamento às forças de segurança. O principal objetivo da aliança entre A.D.A e C.V foi estratégico. "MATAR OS ALEMÃO". A velha "balela" de "Inimigo do meu Inimigo é meu amigo..." funcionou e enganou os integrantes da Vintém em um primeiro momento. A expansão da A.D.A juntamente com o Comando Vermelho para regiões de Jacarépaguá foi um dos objetivos simbolícos deste união. Atualmente a A.D.A ocupou regiões que antes eram de interesse indireto da facção Comando Vermelho. O objetivo do Comando Vermelho é destruir todas as milícias que existem no Rio de Janeiro, evitando com que grupos paramilitares com viés de CONTRA-GUERRILHA sejam eliminados. Os grupos paramilitares de contra-guerrilha foram eliminados pouco a pouco. pelo Comando Vermelho. Um exemplo disso: Batô, Chacrinha, Menezes e diversos outros pontos estratégicos de Jacarépaguá foram invadidos e controlados pelo C.V; Do outro lado da moeda, a A.D.A que antes da união "operava" em cerca de 15 favelas na capital, passou a controlar aproximadamente 40 FAVELAS. Um aumento de mais de 150% nas favelas controladas. Entrentato, a facção Comando Vermelho está cercando estrategicamente TODAS as favelas que a A.D.A controla. O argumento atual é de que ambas são aliadas, sendo assim não há perigo para nenhuma das facções. O plano secreto do Comando Vermelho, no entanto é um plano maquiavélico. O CV concedeu um pouco de poder para a A.D.A que estava falindo, mas o objetivo do C.V é fazer com que a A.D.A faça o trabalho "sujo e pesado" que o Comando Vermelho não tem condições de fazer. Vamos ao exemplo prático: A Cidade de Deus sempre teve interesse em tomar a favela da Gardênia Azul. Depois de um tempo de guerra e problemas, a facção C.V conseguiu tomar a gardênia Azul; A Gardênia Azul fica no lado direito da Cidade de Deus. Já do lado esquerdo fica o complexo da Vila Sapê. A Gardênia Azul era controlada por milicianos e o complexo da vila Sapê também. A maior ameaça para o C.V da Cidade de Deus eram os paramilitares que cercavam as favelas da Cidade de Deus. Se o C.V da C.D.D atacasse um dos lados, o outro lado estaria vulnerável, sendo assim, a C.D.D nunca conseguiria expandir seus territórios com a "tranquilidade" necessária sem que houvesse uma ocupação em territórios de outras milícias, como a milícia que atuava na Vila Sapê. A Vila Sapê tinha ligação direta com os milicianos que atuavam no campinho. Se o C.V passou sufoco no campinho e levou praticamente um ano para conseguir tomar a região, imagina o sufoco que eles teriam para conseguir expandir seus territórios e deixando a C.D.D desguarnecida... E é neste momento que a facção Amigo dos Amigos entra... O C.V tem usado a facção A.D.A para ocupar os territórios problemáticos que o C.V não quer, mas precisa ocupar. E se o C.V ocupar territórios como a Vila Sapê ele teria dividido suas forças, dificultando ainda mais o tempo que levaria para conseguir tomar, estabilizar e expandir seus territórios de modo estratégico. Por isso, o C.V uniu-se com a facção A.D.A. Atualmente, o C.V já está com cerca de 80% dos seus planos estratégicos em curso, e para isso, a facção A.D.A tem trabalhado arduamente para conseguir manter os territórios estratégicos. Na visão da A.D.A eles estão saindo na vantagem ("HIHI, Levei vantangem"), mas na realidade, estão sendo utilizados como marionente da facção Comando Vermelho... "O questionamento que fica" é o seguinte: Quanto tempo depois de atingir 100% dos seus planos estratégicos o C.V vai deixar a A.D.A nestes territórios? Todos nós já sabemos o modus operandi do DOCA. Doca utiliza-se de conhecimentos externos para crescer, ganhar mais dinheiro, estabiliza a situação e depois descarta estas marionentes... A questão não é "SE", mas "QUANDO" o Doca vai descartar a facção A.D.A? O maior impedimento para que aconteça o descarte da A.D.A pelo C.V é a atuação da Milícia da zona Oeste, que está expandindo seus territórios e formando novas parcerias com as milícias de Jacarépaguá, evitando a expansão e projeção de poder da A.D.A e do C.V; É triste ter que admitir, mas boa parte da milícia da Zona está carregando o combate às narco-guerrilha no Rio de Janeiro nas costas. Mesmo contra tudo e contra todos a milícia parece ter um plano estratégico mais bem definido e estruturado do que o ESTADO. E o principal problema é que o Estado concede muito poder para certos delegados.. Mas não vou discorrer sobre este assunto no atual momento visando não tangenciar o assunto principal do artigo: A União entre as duas facções A.D.A e C.V